Monday, February 4, 2013

The Painted Veil 



Set in England and Hong Kong in the 1920s, The Painted Veil is the story of the beautiful but love-starved Kitty Fane. When her husband discovers her adulterous affair, he forces her to accompany him to the heart of a cholera epidemic. Stripped of the British society of her youth and the small but effective society she fought so hard to attain in Hong Kong, she is compelled by her awakening conscience to reassess her life and learn how to love.

The Painted Veil is a beautifully written affirmation of the human capacity to grow, to change, and to forgive.



No ano passado decidi deixar de lado a "minha resistência" em ler clássicos e aventurar-me na descoberta e leitura dos mesmos. E foi uma das decisões mais acertadas que tomei, pois tive duas experiências maravilhosas e cativantes com a leitura de "Jane Eyre ("
Charlotte Brontë) e " Rebecca" (Dapnhe du Maurier). 
Assim, decidi que é algo para continuar e comecei a fazer uma lista de obras incluídas que sendo onsiderados "clássicos da literatura" que despertaram a minha atenção e  pretendo ler. 
O Véu Pintado foi uma delas, de facto quando li a sua sinopse fiquei tão interessada que não demorou muito tempo para que iniciasse a sua leitura. Tal deve-se muito a ser uma obra que aborda a condição humana, um tema que me fascina e desperta a minha curiosidade não só em livros mas também em séries e filmes. 
Como é referido na própria sinopse, este livro é sobre a descoberta de Walter da infidelidade da mulher Kitty e a decisão do referido de a obrigar a ir para uma localidade onde está a ocorrer um surto de cólera. E tudo o que acontece a partir daí, principalmente a personagem Kitty, uma vez que o livro é contado do seu ponto de vista. 
Inicialmente, tinha algum receio de ter dificuldade em entrar nesta obra, pois tinha lido que o estilo do autor era por vezes difícil com o seu chamado "realismo seco". 
Mas tal receio era infundado, já que logo no primeiro capítulo fiquei cativada pela história e pela forma como o autor a escreveu e apresentou. Sim, o autor têm de facto uma visão da vida realista e objectiva sem qualquer traços de romantismo que se traduz para a sua escrita e dá o tom ao livro e aos seus personagens. 
Contudo, ainda há na minha opinião beleza e reflexões que se podem retirar dos seus personagens reais, que são o que são e não algo fantasiado e romantizado, pois são este tipo de personagens e situações que mais frequentemente ocorrem na nossa sociedade. 
Em baixo, deixo um pequeno excerto do livro que penso que representa bem o que referi anteriormente:

“I had no illusions about you,' he said. 'I knew you were silly and frivolous and empty-headed. But I loved you. I knew that your aims and ideals were vulgar and commonplace. But I loved you. I knew that you were second-rate. But I loved you. It's comic when I think how hard I tried to be amused by the things that amused you and how anxious I was to hide from you that I wasn't ignorant and vulgar and scandal-mongering and stupid. I knew how frightened you were of intelligence and I did everything I could to make you think me as big a fool as the rest of the men you knew. I knew that you'd only married me for convenience. I loved you so much, I didn't care. Most people, as far as I can see, when they're in love with someone and the love isn't returned feel that they have a grievance. They grow angry and bitter. I wasn't like that. I never expected you to love me, I didn't see any reason that you should. I never thought myself very lovable. I was thankful to be allowed to love you and I was enraptured when now and then I thought you were pleased with me or when I noticed in your eyes a gleam of good-humored affection. I tried not to bore you with my love; I knew I couldn't afford to do that and I was always on the lookout for the first sign that you were impatient with my affection. What most husbands expect as a right I was prepared to receive as a favor.”

Em relação aos personagens que mais me marcaram, foram precisamente o Walter e a Kitty. O primeiro por achar o amor que tinha pela esposa lindo e pela sua forma de ser, digna e honesta. Já em relação a Kitty, de início não gostei muito dela mas com o avançar da história fui simpatizando mais com ela, apesar de ter as suas falhas e de alguns comportamentos ao longo do livro. 
Um livro que recomendo sem dúvida, a todos aqueles que gostam de ser desafiados a reflectir sobre as escolhas que fazemos e a consequência dos nossos actos.

Classificação: 4 estrelas



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